Sempre fomos diferentes. Estranhos, geralmente somos olhados com desconfiança. Eles têm suas razões.
Nós agimos de forma diferente, nós pensamos diferente, parecemos feitos de outro material. Nossa percepção de mundo é única e nossas reações a ele, inesperadas. As vezes até para nós mesmos. Não somos melhores, não somos piores. Somente diferentes.
E acreditamos no potencial desta diferença tanto quanto acreditamos na idiotia do senso comum, da tão falada “sabedoria das massas”. Porque a evolução não vem do comum e a massa não é sábia, ou todos seríamos felizes. O crescimento não provém do banal.
Estranho é bom. O estranho questiona e não se acomoda. O estranho muda e cresce porque não é zona de conforto, é embate. O diferente precisa lutar para ser aceito e ser testado e ser provado para criar raiz, ou morre sem água, seco e sem amor.
Nós celebramos o confronto, pois ele é o bom combate que trás a tona a melhor versão de nós mesmos. É o combate do livre pensar, de forma a experimentar a vida ao nosso redor sem preconceitos, para existir fora de todas as caixas, mesmo aquelas que nós mesmos criamos, sempre que for possível.
É desacreditar em crime de pensamento e nos permitir questionar a tudo e a todos pela exploração do que está ao nosso redor. É puro deleite ao descobrir a riqueza, a variedade do encantamento do multiverso ao qual temos o prazer de pertencer.
Não nos peça para aceitar sem razão, não espere que concordemos sem debate. Pois nós somos pensadores livres e nossa natureza é questionar e descobrir e não nos acomodarmos por conveniência.
E este é nosso manifesto.
Somos o que somos, não escolhemos isso. Fomos escolhidos por esta inquietude.
As vezes cometemos erros, outras estamos certos. Mas esta jornada é sobre a caminhada e não sobre o destino. E ela não irá terminar, pois a certeza de hoje é o questionamento de amanhã. E é assim que a evolução acontece: é necessário mudar, e a mudança é um processo doloroso. Mais importante que as respostas são as perguntas certas a cada momento.
E se o pensar é o que nos separa dos animais, questionar é o que nos torna humanos.